
O Centro Cultural da Ufrgs (rua Eng. Luiz Englert, 333) sedia, a partir desta segunda
feira (5), a exposição No vazio do passo, de Carusto Camargo. Através da montagem
de 18 trabalhos de fotocerâmica, o artista apresenta uma nova abordagem de temáticas
como pertencimento, perdas e espiritualidade. A inauguração da mostra acontece às
19h, e a visitação gratuita fica aberta das 9h às 19h das segundas às sextas-feiras.
De acordo com o artista,
tanto o conceito quanto a linguagem artística que compõem o trabalho, não foram
escolhidos por acaso. “A fotocerâmica exige envolvimento total no processo de
revelação. Gosto dessa relação manual e sensível, em que os sentimentos aparecem na
forma como se aplica os materiais e se escolhe queimar. A imagem, ao ganhar
materialidade, revela não só o momento registrado, mas também o que estava latente em
mim”, comenta.
No vazio do passo
outros trabalhos em fotocerâmica
Entre tanques e bandeirolas
painel fotocerâmico instalado em espaço público durante edital residência internacional realizada no Centro de Investigação de Cerâmica (Antigos Lavadouros Públicos) , Montemor-o-Novo, Portugal.
Intransitivos
séries de fotocerâmicas aplicadas sobre azulejos comerciais e de memória, se utilizando de imagens antigas e fotografias tiradas pelo artista.

Carusto Camargo, brasileiro, nascido em 1962, na cidade de São Paulo, reside em Porto Alegre, desde 2007. Artista Visual, Ceramista e Professor Titular do Departamento de Artes Visuais do Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS teve sua formação acadêmica, Mestrado/Doutorado e Pós-Doutorado, na Universidade de Campinas – UNICAMP e na FBAUL – Faculdade de Bellas Artes da Universidade de Lisboa. Em 2015, começou a desenvolver padronagens e painéis cerâmicos utilizando a fotocerâmica e as técnicas tradicionais da azulejaria portuguesa. A partir de 2023, revisita 35 anos de produção e atuação no campo da Cerâmica, das Artes e do Ensino e produz uma série de volumes disfuncionais, entre o escultórico e o cerâmico, bem como, assemblagens que mesclam fotocerâmicas, obtidas de memórias fotográficas adquiridas nas feiras e antiquários de Porto Alegre, com objetos de sua memorabilia.